“Comece o teste antes de escrever uma linha de código”
DOUG WALLACE
O teste é um processo pelo qual se experimenta o software com a intenção de encontrar erros (Pressman, 2011). Essa filosofia deve estar incutida na cabeça de todo testador, já que um dos nossos maiores desafios de nosso “pequeno” mundo da qualidade é conhecer a aplicação que estamos testando. Pois a falta de conhecimento nas aplicações em que estamos testando impacta na credibilidade do sistema. Neste artigo vamos tratar sobre os desafios em testar aplicações webs.
Não é desde hoje que as aplicações webs são essenciais em nosso dia a dia onde milhões de usuários se conectam a uma rede para acessar esses sites. E, essas aplicações webs que residem em uma rede interoperam com muitos sistemas operacionais diferentes, browsers (residindo em uma variedade de dispositivos), plataformas de hardware, protocolos de comunicação e aplicações “de retaguarda”. Então, à procura dos erros representam um desafio significativo (Pressman, 2011) para nós testadores.
E o principal desafio que temos em testar essas aplicações é entender a qualidade que deve permeá-las e a natureza dos erros encontrados. Para entendermos a qualidade que deve estar presente nestas aplicações é essencial entendermos o projeto, caso a aplicação não tenha projeto devido ter sido desenvolvida utilizando metodologia ágil. Então, faz-se necessário entender os artefatos gerados pelo processo de desenvolvimento do produto, como por exemplo: storyboard, sprint backlog, planejamento de sprint, card entre outros.
A partir da etapa de entendimento é possível desenvolver estratégias de teste, pois o objetivo do sistema já está mais claro na cabeça do testador. Outro desafio que encontramos em testar aplicações webs é quando essas aplicações não possuem projetos e nem artefatos gerados através de nenhum processo de desenvolvimento de software, ou seja, essas aplicações webs foram apenas desenvolvidas e ponto. Então, o que devemos focar para testar esses sistemas? Devemos começar focando nos aspectos visíveis como: conteúdo, interface, navegação, segurança e desempenho.
E também temos o desafio de encontrar erros nestas aplicações, pois os erros possuem uma série de características especiais. Devido alguns destes erros serem evidenciados primeiro no lado do usuário, muitas vezes o testador se depara com o indício e não com o erro. E, alguns destes erros podem ser atribuídos à configuração do browser, outros erros são difíceis de reproduzir fora do ambiente no qual foi encontrado.
Enfim, os desafios que tratamos neste artigo são alguns pontos levantados que nos testadores vivenciamos ao testar aplicações webs. Embora esses pontos sejam um obstáculo, é importante salientar que testar constantemente e efetivamente as aplicações webs você terá um site mais duradouro (Pressman, 2011).
Referências
Pressman, Roger S. Engenharia de Software: uma abordagem profissional. 7.ed.Porto Alegre: AMGH, 2011.
Wallace, D. Extreme Programming for web projects, Addison-Wesley, 2003.
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